Se você está estudando como criar seu primeiro aplicativo móvel, provavelmente já pensou nas tecnologias que precisará conhecer ou em como começar a codificar o aplicativo. Este é exatamente o assunto deste texto. Bem, se você está confuso, pegue minha mão e vamos entender o que esses termos significam e como cada um funciona.Antes de começar a codificar, precisamos entender os tipos de aplicativos e as diferenças entre eles. Pensando em como processadores funcionam, o método mais eficiente para criar um software é codificar diretamente para a arquitetura do processador, nesse caso a arquitetura ARM. Isso pode ser feito usando linguagens compiladas como C, C++ ou Rust. Provavelmente, este é o método adotado pelo fabricante para obter mais eficiência do hardware. Este método não é viável para o público em geral porque é muito caro e o processo é muito lento e difícil.Felizmente, o Sistema Operacional possui uma camada de comunicação entre o hardware e aplicações de alto nível que podem ser acessadas por API’s. Esses aplicativos de alto nível podem ser executados em uma máquina virtual que funcionará como um interpretador do aplicativo para o hardware. Neste caso, o aplicativo tem menos desempenho do que o aplicativo de baixo nível, mas o custo e a complexidade são menores. Isso pode ser feito usando linguagens nativas como Java, Kotlin, Objective C e Swift. Este método é utilizado para a maioria das aplicações comerciais, tem um bom desempenho e é muito popular dentro de grandes empresas.No entanto, se você não tem tempo para aprender e codificar em linguagens nativas para cada plataforma, você pode criar seu aplicativo usando HTML, CSS e Javascript. Esses apps são chamados de híbridos, ou seja, possuem uma invólucro feito em código nativo que dará suporte ao seu código web. Isso torna o desenvolvimento muito barato e rápido e você pode criar aplicativos para várias plataformas com a mesma base de código. Hoje temos soluções como Ionic, Cordova e Electron (para desktop) que permitem utilizar as API's do Sistema Operacional a partir do seu código web, além de poder disponibilizar seu app através de App Stores, utilizá-lo offline e compartilhar a base de código entre plataformas. Embora esse método pareça uma ótima solução, ele é bem menos eficiente que o nativo, além de torná-lo dependente da camada nativa para implementar recursos mais avançados.<img alt="" loading="lazy" aria-hidden="true" src="https://d3femmgvhaj0vt.cloudfront.net/7233128de5573f3bc674-13a290bf3996142eed5d-ferenc-almasi-l8kqipcodv8-unsplash.jpg">Ainda pensando em soluções multiplataforma, atualmente o Facebook, Google e Microsoft mantêm soluções próprias. A forma como isso é feito pode ser diferente dependendo da tecnologia, mas em geral, essas soluções funcionam como um pré-processador que irá converter o código escrito em componentes nativos (exatamente, componentes nativos a nível de byte code, não necessáriamente código nativo). É o mesmo que converter seu código C# ou Javascript em instruções que serão interpretadas pela máquina virtual. As soluções do Facebook, Google e Microsoft são React Native, Flutter e Xamarin, respetivamente, e ambas funcionam em compatibilidade com os respetivos ecossistemas (Javascript para React Native, Dart para Flutter e .Net para Xamarin), o que significa que você pode utilizar em suas aplicações todas as bibliotecas que você deseja. Outro ponto a favor desse tipo de tecnologia é o desempenho que, em alguns casos, se aproxima das soluções nativas.Dito tudo isso, é hora de analisar qual tecnologia se encaixa melhor com as necessidades do aplicativo que está sendo desenvolvido. Começando pelo mais barato, a solução híbrida atende às necessidades da aplicação? Bem, se sua aplicação não precisa de muitos recursos, talvez usar tecnologias web em sua aplicação seja uma ótima ideia. Porém, se você vai precisar usar transições, animações e se a fluidez é importante na sua navegação, as soluções do Facebook, Microsoft e Google são melhores (lembre-se que você vai precisar aprender C# ou Dart antes de aprender a codificar em Xamarin ou Flutter ).﻿<img alt="" loading="lazy" aria-hidden="true" src="https://d3femmgvhaj0vt.cloudfront.net/e717baa7a9d9026f0180-aaadf3d2bbf43b98c0d8-mitchell-luo-uzqq8oi7pxk-unsplash.jpg">Agora, se sua aplicação vai fazer uso extensivo de processamento, ou precisa ter controle sobre o hardware e o Sistema Operacional, ou se prefere não usar bibliotecas externas, e tempo e custo não são problema, a solução nativa com certeza vai te oferecer mais segurança e eficiência.Em último caso, se você está criando algo que precisa trabalhar diretamente no hardware, como um emulador ou um motor 3D, e você tem orçamento e tempo ilimitados, você pode escrever todo o seu aplicativo do zero em linguagens como Rust ou C. Nesse caso, boa sorte para você :].

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