Quando falamos de aplicações conectadas à Internet, como sites, aplicativos, assistentes virtuais e jogos multiplayer, precisamos entender que em algum lugar deve existir um servidor que se conecta a um banco de dados e que centraliza a comunicação entre os serviços.Imagine que você tem uma loja online ou um jogo multiplayer. Para que os recursos deste sistema sejam acessíveis de forma plena e dinâmica a todos os usuários, é necessário que um computador conectado à internet os disponibilize. Esses computadores são chamados de servidores e podem funcionar fornecendo arquivos como imagens, vídeos, músicas e arquivos de texto.Quando você entra em um site, seu navegador envia uma solicitação pedindo recursos ao servidor pela rede. Se você tiver as permissões necessárias, o servidor responderá às suas solicitações com os recursos solicitados. Ainda pensando em um site, o servidor responderá à requisição com os arquivos necessários para renderizar a página. Esse processo é realizado através de um protocolo de rede conhecido como HTTP (Hypertext Transfer Protocol).﻿﻿﻿﻿﻿﻿﻿﻿﻿﻿﻿﻿﻿﻿<img alt="" loading="lazy" aria-hidden="true" src="https://d3femmgvhaj0vt.cloudfront.net/6170d8415a6e4082303c-017f25b60bbc9c614431-macbook-g109699bcd_1280.jpg">Uma vez que o conteúdo da página foi baixado pelo navegador, ele inicia um processo de conversão dos arquivos estáticos em estruturas complexas em memória. Cada tipo de arquivo exige um tipo específico de processamento e eles podem variar de acordo com o browser, versão e dispositivo. Os arquivos mais comuns em sites são o HTML, CSS e Javascript (sem contar os arquivos de mídia como imagens, vídeos e audios).O HTML é o primeiro a ser analisado e é o responsável por estruturar os elementos da página e os meta-dados, assim como realizar a importação dos outros arquivos. Além do HTML, o CSS é outro arquivo responsável por organizar os elementos na interface, mas dessa vez, com foco na construção visual da tela. Ele é o responsável por alterar as cores, tamanhos e espaçamentos, realizar animações e pequenas interações com o usuário. Por último e mais importante temos o Javascript que é a linguagem de programação que adiciona lógica e inteligência na página, ou seja, é responsável por validar dados, realizar animações complexas, adicionar e remover elementos (ou até seções inteiras) e se comunicar com serviços externos. Assim como o browser, que realiza requisições HTTP para solicitar os arquivos que compõem a página ao servidor, também é possível realizar requisições manualmente utilizando o Javascript. Dessa forma, a página pode continuar se comunicando com o servidor e trocando informações. É dessa forma que chats online, jogos multiplayer e mapas conseguem se atualizar em tempo real.O que precisa ficar claro é que, tanto o HTML quanto o CSS, são linguagens de marcação, ou seja, só tem atuação na construção visual da página (também conhecida como Frontend), enquanto o Javascript, que é uma linguagem de programação, tem todo um ferramental que permite ao desenvolvedor criar sistemas complexos como lojas online, sistemas de streaming e até jogos 3D. Além disso, o Javascript é a única linguagem de programação que pode de ser executada dentro do navegador por padrão.﻿<img alt="" loading="lazy" aria-hidden="true" src="https://d3femmgvhaj0vt.cloudfront.net/9e4dce10514ba151a88d-d203ca9fbc369aa7726d-florian-olivo-4hbj-eymz1o-unsplash.jpg">Além do Javascript, existem milhares de outras linguagens de programação que podem ser utilizadas no desenvolvimento web, mas dessa vez do lado do servidor (também conhecido como Back-end). As linguagens mais populares na criação de aplicações para servidor atualmente (2023) são o Java, PHP, Python, C# (C-Sharp), Ruby e Go, além do próprio Javascript. Todas essas linguagens são capazes de receber e pr﻿ocessar requisições HTTP, realizar requisições para outros servidores, fazer consultas em bancos de dados e realizar a troca de informações com a página em tempo real.A comunicação entre uma linguagem de programação (atuando como cliente) e um servidor pode ser feita através da troca de arquivos JSON, XML ou Binário. Em todos os casos, o cliente formula o corpo da requisição por conta própria e envia para o servidor através de uma requisição HTTP. A aplicação rodando no servidor fica responsável por monitorar a rede e aguardar até que um pedido chegue. Uma vez que ela identifique a chegada de uma requisição, ela ira iniciar o processo que foi definido, seja ele o envio ou coleta de informações em um banco de dados ou a execução de algum tipo de algoritmo de transformação de dados (o mesmo pode ser realizado com arquivos de midia como imagens, video, audios e até arquivos PDF). Ao finalizar o processamento definido, o servidor irá responder a requisição ao cliente. Essa resposta costuma ser feita no mesmo formato da requisição, mas há casos em que o servidor precisa responder utilizando outros formatos de dados. Todo esse processamento, normalmente, é realizado de forma assíncrona, ou seja, enquanto a requisição vai do cliente até o servidor, o Front-end continua funcionando normalmente, mas, em paralelo, se mantem aguardando o retorno da requisição para que possa receber os dados e processá-los devidamente.Ao combinar o Javascript no Front-end, com os recursos de uma aplicação Backend, é possível criar sistemas inteiros de forma segura, performática, acessível, multiplataforma (capaz de ser executada em diversas plataformas como PC, Android, IPhone, Mac OS e até vídeo games) e sem que haja a necessidade de baixar e instalar nenhum programa no dispositivo. Essas características fazem com que os sistemas Web sejam muito mais democráticos e chamem muito mais a atenção dos desenvolvedores e das empresas. ﻿﻿﻿﻿﻿﻿﻿﻿﻿O mercado de desenvolvimento web ainda é um dos que mais cresce e várias profissões relacionadas surgem o tempo todo. Os profissionais mais comuns de se encontrar hoje são os Desenvolvedores Front-end, que cuidam da interface da aplicação (HTML, CSS e Javascript) e Des﻿envolvedores Backend, responsáveis pela aplicação que fica no servidor recebendo e respondendo as requisições. Apesar disso, existem dezenas de áreas de atuação que vão desde a utilização de inteligência artificial para fazer recomendações em lojas online e aplicativos de streaming (Netflix, Youtube, Spotify e etc) até a criação sistemas que utilizam Blockchain para garantir a autenticidade de produtos digitais ou o armazenamento de dados de forma íntegra, segura e distribuída.

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